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O Brasil deu um passo decisivo para reduzir a dependência de radioisótopos importados

Publicada em: 24/09/2025 22:21 -

O Brasil deu um passo decisivo para reduzir a dependência de radioisótopos importados.
O IPEN/CNEN, em parceria com a Marinha do Brasil, iniciou a operação contínua do reator de pesquisa IEA-R1, viabilizando a produção nacional do Lutécio-177, insumo estratégico e referência mundial no combate ao câncer.
Esse avanço representa não apenas economia, mas também autonomia científica e tecnológica. Em 2023 e 2024, o país importou cerca de US$ 50 milhões em radioisótopos como Molibdênio-99, Iodo-131 e Lutécio-177. Produzir no Brasil significa garantir acesso seguro e contínuo a terapias nucleares avançadas.
“Esta parceria com a Marinha está totalmente alinhada aos nossos objetivos estratégicos em termos de autonomia tecnológica e pesquisa aplicada. Nosso compromisso é impulsionar a inovação na área nuclear, formar especialistas altamente qualificados e ampliar a oferta de aplicações nucleares para a sociedade”, destacou a diretora e superintendente do IPEN, Isolda Costa.
Segundo Elaine Bortoleti, coordenadora do Centro de Radiofarmácia, a retomada da operação contínua, interrompida há mais de 10 anos, fortalece a capacidade nacional de atender parte da demanda por radiofármacos, além de abrir novas possibilidades à pesquisa.
O presidente da CNEN, Francisco Rondinelli Júnior, destacou que a iniciativa é um marco de cooperação institucional com impacto direto na sociedade. Afinal, a área nuclear vai muito além da saúde: gera inovação e desenvolvimento em múltiplos setores.
A ampliação da operação do reator em regime contínuo foi viabilizada pelo treinamento ministrado pelo IPEN à equipe da Marinha. “A dinâmica de trabalho é mais intensa, mas também mais motivadora, porque vemos os resultados chegarem diretamente à sociedade”, explica Frederico Genezini, gerente do Centro do Reator de Pesquisas.
Com 69 anos de história, o IPEN reforça sua missão de unir ciência, inovação e formação de profissionais a serviço do Brasil.
Mais que tecnologia, é autonomia nacional para salvar vidas.
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