Você sabia que uma célula pode ser impactada por um agente químico - como os nanoplásticos - mesmo sem morrer? E que essa mudança pode ser invisível aos métodos tradicionais de teste?
Esse foi o tema da palestra “Podemos ver - investigando efeitos nas células usando imagens”, ministrada pelo pesquisador Daniel Perez Vieira do IPEN/CNEN no dia 11 de junho no Centro de Ensino do Instituto.
A inovação apresentada está no uso de inteligência artificial (machine learning) para detectar alterações sutis em células expostas a nanoplásticos - mesmo quando não há toxicidade aparente.
A partir de imagens de microscopia, é possível identificar mudanças morfológicas e de fluorescência, revelando respostas celulares silenciosas que escapam aos testes convencionais.
Tradicionalmente, avalia-se se a célula morreu ou sofreu dano genético. Mas essa nova abordagem amplia a sensibilidade da análise toxicológica e permite prever riscos que, muitas vezes, só seriam percebidos depois que o produto já está no mercado - como ocorre com muitos fármacos.
Mais do que isso: essa metodologia pode ser aplicada a qualquer agente químico, não apenas plásticos, e representa um avanço promissor na segurança de produtos para uso humano e animal.
Apesar de ainda não haver uma norma ISO específica para testes baseados em imagem, o potencial de aplicação em larga escala é enorme.
Em resumo: os cientistas do IPEN estão abrindo uma nova camada de avaliação toxicológica - mais complexa, mais sensível e, com apoio da IA, muito mais promissora. Equipes de inovação devem acompanhar de perto esse tipo de avanço. Afinal, quem souber usar primeiro, sairá na frente.
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