Você já se perguntou por que tantos profissionais com mestrado e doutorado ainda estão fora das empresas e da indústria?
Essa foi a provocação central da palestra apresentada no dia 11 de junho pela pesquisadora do IPEN/CNEN, Carla Daruich de Souza, em um evento realizado no Centro de Ensino do Instituto.
Em uma fala clara e instigante, Carla mapeou os desafios e as possibilidades dessa relação entre academia e setor produtivo - começando por algo fundamental: a própria definição de inovação.
Ela apresentou os quatro tipos de inovação (Incremental, Radical, Disruptiva e Aberta), com destaque para a Inovação Aberta, que envolve colaborações estratégicas entre centros de pesquisa e empresas.
Carla também comparou o volume de investimento em inovação no Brasil, que é bem menor quando comparado com o dos países como Estados Unidos, China e outros membros da União Europeia, chamando atenção para o nosso potencial ainda pouco explorado.
Entre os mecanismos públicos de incentivo à inovação que são poucos divulgados, a pesquisadora destacou a Lei do Bem (Lei nº 11.196/2005- que oferece benefícios fiscais para empresas que investem em inovação, mas que tem uma adesão de apenas 3.493 empresas em todo o Brasil, com concentração no sudeste. E, em especial, a possibilidade de convênio com a Embrapii (Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial), que é um dos melhores caminhos para viabilizar a entrada de mestrandos e doutorandos no setor produtivo. A organização executa programas e ações de fomento à inovação em parceria com o BNDES e tem vários instrumentos de apoio com diferentes regras de contrapartida.
No entanto, Carla ressalta a importância da comunidade acadêmica entender a linguagem de projetos, um dos gargalos na formação científica e que pode ser resolvido com a adesão às disciplinas de gestão de projetos e outras formações na área para entender termos como PMBOK, OKR e KPI, comumente utilizados no setor de serviços.
“Ao falar a mesma língua das empresas, temos mais possibilidades de aprender a trabalhar juntos”, afirma.
Carla enfatizou que o que impede a maioria das empresas de apostarem nessas parcerias é a perpetuação da cultura de aversão ao risco que existe no Brasil. “Por isso é muito importante dar visibilidade ao tema. Há diversos exemplos pelo mundo de como deu certo a união desses setores. Discutir isso é discutir o progresso da nossa nação.”
#InovaçãoAberta #CiênciaeTecnologia #PesquisaAplicada #IndústriaeAcademia #IPEN #CNEN #DesenvolvimentoTecnológico #InovaçãoNoBrasil #Transformação #PolíticaCientífica #LeiDoBem #Embrapii
Essa foi a provocação central da palestra apresentada no dia 11 de junho pela pesquisadora do IPEN/CNEN, Carla Daruich de Souza, em um evento realizado no Centro de Ensino do Instituto.
Em uma fala clara e instigante, Carla mapeou os desafios e as possibilidades dessa relação entre academia e setor produtivo - começando por algo fundamental: a própria definição de inovação.
Ela apresentou os quatro tipos de inovação (Incremental, Radical, Disruptiva e Aberta), com destaque para a Inovação Aberta, que envolve colaborações estratégicas entre centros de pesquisa e empresas.
Carla também comparou o volume de investimento em inovação no Brasil, que é bem menor quando comparado com o dos países como Estados Unidos, China e outros membros da União Europeia, chamando atenção para o nosso potencial ainda pouco explorado.
Entre os mecanismos públicos de incentivo à inovação que são poucos divulgados, a pesquisadora destacou a Lei do Bem (Lei nº 11.196/2005- que oferece benefícios fiscais para empresas que investem em inovação, mas que tem uma adesão de apenas 3.493 empresas em todo o Brasil, com concentração no sudeste. E, em especial, a possibilidade de convênio com a Embrapii (Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial), que é um dos melhores caminhos para viabilizar a entrada de mestrandos e doutorandos no setor produtivo. A organização executa programas e ações de fomento à inovação em parceria com o BNDES e tem vários instrumentos de apoio com diferentes regras de contrapartida.
No entanto, Carla ressalta a importância da comunidade acadêmica entender a linguagem de projetos, um dos gargalos na formação científica e que pode ser resolvido com a adesão às disciplinas de gestão de projetos e outras formações na área para entender termos como PMBOK, OKR e KPI, comumente utilizados no setor de serviços.
“Ao falar a mesma língua das empresas, temos mais possibilidades de aprender a trabalhar juntos”, afirma.
Carla enfatizou que o que impede a maioria das empresas de apostarem nessas parcerias é a perpetuação da cultura de aversão ao risco que existe no Brasil. “Por isso é muito importante dar visibilidade ao tema. Há diversos exemplos pelo mundo de como deu certo a união desses setores. Discutir isso é discutir o progresso da nossa nação.”
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